O que entendo da vida?
Faz tempo que não escrevo. Isso é sim um cliché, mas
uma verdade também. Isso também é cliché… A verdade é a seguinte: tudo é cliché.
É disso que quero falar. Não que não tenha sido falado antes. Mas o desabafo é
necessário. O que é a literatura se não um desabafo bem feito?
Uma verdade que demorei para entender é que a verdade
em si é relativa. Eu não posso esperar que as pessoas pensem o mesmo que eu em
tudo. Até aqui é uma Epifania clara. Mas o que digo é, isso é relativo. Para mim
podia ser algo difícil e mais profundo. Claro, eu sou burro. Outra verdade que
encontrei. Eu me acho burro pois posso aprender mais e mais. Não importa a
conotação social de uma pessoa burra. Todos somos burros. Steve Jobs era burro e
o maconheiro do último ano do ensino médio também. A diferença é do que você
entende. Você sempre entende de algo. Isso que é importante. Foque no que você gosta.
Porque realmente não fará diferença nenhuma. A dor não tem impacto no final. A
dor de ninguém e o amor de ninguém. Tudo vira pó e o sentimento que eu sinto ao
escrever algo dolorido também...
Ao saber disso, eu me encontro em um lugar de equilíbrio
mental. Eu procuro a resposta pelo conhecimento e não pela resposta em si. O processo
é mais importante que o resultado e a jornada mais importante que o destino,
sim... nós sabemos. Então, lendo a Veja e
Carta Capital, eu me encontro no meio,
sereno.
O problema sendo minha tendência à não me importar, eu
não quero saber de nada disso. No momento eu deveria estar bem. Fit. Saudável.
Agradável. Mas não. Eu me sinto na merda. Sendo a merda o mundo. Eu entendi que
é inevitável a falta de saber e a falta de controle. Sim. Isso não é original.
Mas não importa o quão original seja, mas sim que não importa ao todo. Nada importa
tanto assim. Tudo que passou já passou e pode ou não acontecer de novo. Não
importa. Você tem de lidar com isso também. E se não lidar. Não importa.
Escolha as coisas inúteis que você gosta.
Imagine um trem. Estamos todos nele. O mundo. O
destino é M e partimos de N. Vários trens vão. Nenhuma volta. Trem não faz
curva. Não saímos do trem. Ele não para. Não importa o que façamos, até porque sem
trem não tem nada. Destruímos o trem! Foda-se! Legal. Todos vão ser expulsos do
trem se isso continuar. Ok... Vamos consertar o trem. Deu merda, senhor! O trem
não vai ficar pronto a tempo! Vamos tentando... Ou seja, o trem vai levar todos
ao destino e nós temos apenas que aproveitar o resto da viagem. Tente dormir. Comer.
Ler. Desenhar. Ir ao banheiro. Falar com alguém. Não faça inimigos. Porra. Quer
que te joguem para fora do trem? Aproveite
e não saia do trem. Mas não faça da viagem uma perda de tempo.
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