sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
Caviar
Com a caneta
descrevo meu universo.
Tive dinheiro e sucesso
mas felicidade
é só no verso.
Tudo que eu sei,
ou sabia,
não sei mais.
Ser ou não ser?
Morrer
É mais fácil
do que me fuder
todo dia.
Com a caneta
mostro quem eu sou.
Menino rico,
triste
decepção.
Deveria ser aborto
ou
morto
com substâncias,
que fazem de meu corpo
um esgoto.
Poesia da
destruição
de uma vida
que
deveria ser
apenas diversão.
Invejo meus colegas
saudáveis
e alegres.
Deus, você
me quer
assim? Um moleque
perdido
na agonia
de não saber
o que é
essa vida?
Sigo a maré.
Perdido sem esperança
ou fé.
Sei que estou aqui
mas queria estar
em outro lugar.
Menino perdido,
que talvez se encontre
no caixão,
e não,
no caviar.
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